A partir de agora, o estado passa a integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN), com operação em testes.

Nos próximos dias o ONS estará monitorando o desempenho do sistema para posterior declaração da operação comercial.

Com a operação comercial declarada, os consumidores roraimenses passam a seguir as mesmas regras tarifárias aplicadas em todo o Brasil, incluindo o sistema de Bandeiras Tarifárias, que indica, mês a mês, os custos da geração de energia.

Um marco histórico para o estado, que agora conta com mais segurança, confiabilidade e integração energética.

Vídeos Educativos

Assista aos vídeos explicativos para compreender melhor como funcionam as bandeiras tarifárias no sistema energético brasileiro

Como são definidas as bandeiras tarifárias?

Entenda o processo mensal de definição das bandeiras

Descubra como a ANEEL e o ONS trabalham juntos para estabelecer mensalmente as bandeiras tarifárias, considerando as condições de geração de energia no país.

Como funciona a escolha da bandeira tarifária?

O processo decisório por trás das mudanças mensais

Compreenda os critérios técnicos e econômicos utilizados para determinar qual bandeira tarifária será aplicada a cada mês no sistema elétrico brasileiro.

O que é o Sistema Interligado Nacional (SIN)?

O maior sistema de transmissão de energia elétrica da América Latina

Um Sistema Único e Integrado

O SIN é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, de caráter hidrotérmico com predominância de usinas hidrelétricas e múltiplos proprietários.

É composto por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte - e agora, pela primeira vez na história, Roraima faz parte deste sistema!

4 Subsistemas

Regiões interconectadas

16 Bacias

Hidrográficas integradas

Múltiplas Fontes

Hidro, térmica e eólica

Energia em Roraima e o Papel da Roraima Energia

Entenda como funciona o sistema energético em Roraima após a conexão ao SIN e quais são as responsabilidades de cada agente.

O SIN (Sistema Interligado Nacional) é a malha de geração e transmissão de energia elétrica que conecta quase todo o Brasil. Ele permite o compartilhamento de energia entre as regiões do país, equilibrando oferta e demanda com mais segurança.

O SIN funciona como uma grande rede coordenada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). A energia gerada em diferentes usinas do país é transmitida por linhas de alta tensão até as distribuidoras locais, como a Roraima Energia, que então entregam aos consumidores finais.

O ONS — Operador Nacional do Sistema é o órgão responsável por planejar, controlar e monitorar o funcionamento dos agentes geradores e linhas de transmissão, além de atuar na análise e resposta a falhas na geração ou na transmissão de energia.

SIM. A partir de setembro de 2025, Roraima passa a receber energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio do linhão de 500 mil volts vindo de Manaus.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) definiu que a operação será mista:
55% da carga de Roraima será atendida pelo linhão.
45% continuará sendo suprida por geração local de termelétricas.
Essa divisão garante maior segurança e flexibilidade no fornecimento de energia ao estado.

A medida é necessária para garantir a segurança elétrica e reduzir os riscos de blecautes em caso de falhas na interligação ao SIN. Esse modelo já é utilizado no Amazonas, permitindo que parte da energia continue sendo fornecida por geração local enquanto o restante vem do sistema interligado nacional.

A interligação ao SIN aumenta a segurança e estabilidade do fornecimento de energia, somando-se às fontes já existentes no estado.

Depende da origem da falha:
• Se for na geração ou transmissão, a responsabilidade é dos agentes de geração/transmissão, sob coordenação do ONS.
• Se for nas redes de distribuição em Boa Vista ou nos demais municípios de Roraima, a responsabilidade é da Roraima Energia.

A Roraima Energia é a distribuidora responsável por receber a energia (do SIN ou de geradoras locais), transformá-la nas tensões adequadas para distribuição e entregá-la com segurança às residências, comércios, indústrias e à zona rural.

A partir do momento em que a energia chega às suas linhas e subestações. A partir daí, a Roraima Energia é responsável pela rede elétrica que leva a energia até você.

Quando a interrupção é decorrente de falhas na geração ou na transmissão, a responsabilidade é dos agentes de geração e transmissão, que contam com coordenação do ONS para restabelecer o fornecimento com segurança e eficiência.

A responsabilidade é da distribuidora, no caso, a Roraima Energia. Se houver queda de postes, rompimento de cabos, queda de árvores ou eventos climáticos, as equipes da empresa atuam imediatamente para restabelecer o fornecimento com segurança e rapidez.

Sim, a tendência é de melhoria. A conexão com o SIN fortalece as fontes que fornecem energia ao sistema, reduzindo a dependência de fontes locais mais vulneráveis.

1 de 1

Como são definidas as bandeiras tarifárias?

Sistema de sinalização de custos que indica as condições de geração de energia elétrica no Brasil

Sistema de Sinalização de Custos

As bandeiras tarifárias funcionam como um "semáforo" que indica se a energia custará mais ou menos, dependendo das condições de geração de eletricidade. Quando os reservatórios das hidrelétricas estão com níveis baixos, as termelétricas são acionadas, aumentando o custo da energia.

A ANEEL define mensalmente a bandeira tarifária com base em informações do ONS (Operador Nacional do Sistema) e da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Semáforo Energético

Bandeira Verde

R$ 0,000

Condições favoráveis de geração

Sem acréscimo na tarifa

Bandeira Amarela

R$ 0,01885

Condições menos favoráveis

Por cada kWh consumido

Vermelha Patamar 1

R$ 0,04463

Condições custosas de geração

Por cada kWh consumido

Vermelha Patamar 2

R$ 0,07877

Condições muito custosas

Por cada kWh consumido

Calcule o Impacto na Sua Conta de Luz

Ajuste o consumo mensal e veja o impacto de cada bandeira na sua conta:

kWh
Verde
+ R$ 0,00
Amarela
+ R$ 1,89
Vermelha P1
+ R$ 4,46
Vermelha P2
+ R$ 7,88

Bandeiras Tarifárias - Perguntas Frequentes

Com a integração ao SIN, Roraima passa a adotar o sistema de bandeiras tarifárias. Entenda como funciona e o que muda na sua conta.

Não. Como Roraima não estava conectada ao Sistema Interligado Nacional – SIN, e conforme regulamentação da ANEEL, as bandeiras não eram aplicadas mensalmente aos consumidores de Roraima. Os custos de geração de energia eram revistos anualmente nos reajustes e revisões tarifárias. Porém, ocorrendo a interligação ao SIN, as bandeiras passarão a ser aplicadas mensalmente do mesmo modo já aplicado no restante do país.

As bandeiras tarifárias não representam um novo custo, mas sim uma forma mais transparente de apresentar para o consumidor a variação mensal dos custos de geração de energia.

Os custos de energia já existiam antes da implementação do sistema de bandeiras, mas as variações do preço médio eram repassadas apenas uma vez ao ano, no momento dos reajustes anuais das tarifas. Elas funcionam como um "sinal de trânsito", indicando se a energia está custando mais ou menos para ser gerada:

🟩 Verde: Condições favoráveis: sem custo adicional na conta
🟨 Amarela: Custo intermediário: pequeno acréscimo na conta
🟥 Vermelha Patamar 1: Custo alto: acréscimo moderado
🟥 Vermelha Patamar 2: Custo muito alto: acréscimo maior ainda
⚠️ Escassez Hídrica (emergencial): Foi aplicada entre 2021-2022 durante a crise hídrica nacional

Em Roraima, com a interligação ao Sistema Interligado Nacional (SIN), as bandeiras tarifárias passarão a ser aplicadas às faturas de energia assim como já ocorre nos demais estados do país.

• A tarifa de energia é composta por diversos componentes que refletem os custos de geração, transmissão, distribuição, além de encargos setoriais e impostos.
• As bandeiras tarifárias indicam alterações mensais no custo de geração projetado na tarifa, ou seja, apenas da componente energia, cujo preço médio pode variar especialmente quando é necessário acionar fontes mais caras, como termelétricas.

Não. Os reajustes tarifários são baseados em um cenário de geração favorável (bandeira verde). Se ao longo do ano os custos reais forem maiores, as bandeiras amarela ou vermelha são aplicadas para compensar essa diferença.

Porque permite que o consumidor adote medidas de economia. Quando a bandeira está vermelha, por exemplo, significa que a geração está mais cara, o que torna esse um momento propício para reduzir o consumo e evitar aumento na conta.

Não individualmente. A cor da bandeira é definida de forma coletiva para todos os consumidores conectados ao SIN. Entretanto, reduzir o consumo individual ajuda a diminuir o valor da sua própria conta e contribui para o equilíbrio do sistema.

O ONS (Operador Nacional do Sistema) avalia, mensalmente, as condições de geração de energia no país. Com base nessa avaliação, a ANEEL estabelece o tipo de bandeira equivalente a cada condição de geração.

Não afetam diretamente. A CIP é definida por cada município. Para entender os critérios de cobrança, consulte a legislação específica do seu município.

A ANEEL divulga a cor da bandeira no final de cada mês em seu site oficial: www.aneel.gov.br. As distribuidoras, como a Roraima Energia, também devem informar a bandeira vigente em seus canais oficiais em até dois dias úteis após a divulgação.

Sim. A bandeira tarifária também incide sobre o consumo mínimo, conforme estabelecido na Resolução Normativa ANEEL nº 1.000/2021. Esse consumo garante a disponibilidade da infraestrutura elétrica.

Os valores são atualizados anualmente, geralmente após o mês de abril. A revisão considera fatores como: risco hidrológico, acionamento de termelétricas, preços de mercado e encargos setoriais.

Sim. Os tributos que incidem sobre as tarifas de energia também são aplicados sobre os valores cobrados pelas bandeiras tarifárias.

A aplicação das bandeiras tarifárias é regulamentada pela Resolução Normativa ANEEL nº 1.000/2021, no Art. 2º, inciso II, define bandeiras tarifárias como o sistema de sinalização dos custos reais de geração de energia elétrica ao consumidor.

1 de 1

Mercado Livre de Energia - Acesso para Roraima

Com a conexão ao SIN, Roraima ganha acesso ao Mercado Livre de Energia. Entenda como funciona e quais são os requisitos.

O Mercado Livre é um ambiente de contratação de energia no qual os consumidores podem escolher livremente de quem comprar energia elétrica. Nesse modelo, negociam diretamente com fornecedores ou comercializadores autorizados, definindo preços, prazos e condições.

É diferente do mercado cativo, onde a energia é fornecida exclusivamente pela distribuidora local com tarifas reguladas pela ANEEL.

Atualmente, somente os grandes consumidores do Grupo A (em alta tensão) têm acesso ao Mercado Livre, conforme as diretrizes do Ministério de Minas e Energia:

Carga igual ou superior a 500 kW: podem contratar livremente de qualquer agente do SIN.
Carga inferior a 500 kW: podem migrar por meio de um agente varejista autorizado pela CCEE.

Consumidores residenciais (Grupo B) ainda não têm acesso ao Mercado Livre, mas há previsão de abertura a partir de 1º de dezembro de 2027.

• Liberdade para escolher o fornecedor de energia;
• Possibilidade de negociar preços e condições contratuais;
• Previsibilidade no consumo, dependendo do contrato;
• Acesso a fontes renováveis, caso desejado pelo consumidor.

Importante: os benefícios variam conforme o perfil de consumo e a estratégia adotada. Nem todos terão redução imediata de custos.

• Necessidade de gestão ativa dos contratos;
• Acompanhamento constante do mercado de energia;
• Exposição aos riscos da variação de preços e do mercado;
• Recomendável contratar comercializadores experientes e autorizados pela CCEE.

Trata-se de uma decisão que exige análise técnica e planejamento cuidadoso.

Para realizar a migração, o consumidor deve:

• Verificar se sua unidade atende aos requisitos técnicos (tensão e demanda);
• Contratar um agente comercializador ou varejista autorizado;
• Solicitar à distribuidora a saída do mercado cativo (com pelo menos 6 meses de antecedência);
• Negociar o contrato com o fornecedor escolhido.

Não. A Roraima Energia continua responsável pela infraestrutura da rede elétrica, pela qualidade do fornecimento e pelo atendimento em situações de emergência, manutenção ou interrupções.

O consumidor que atender aos requisitos e escolher migrar para o mercado livre apenas passa a comprar energia de outro fornecedor, mas segue conectado à rede da distribuidora e portanto, pagando os custos associados ao uso da rede de distribuição de energia.

A decisão de migrar é individual e deve considerar análise técnica e econômica. A Roraima Energia respeita essa escolha e ressalta que o Mercado Livre exige acompanhamento constante e envolve riscos.

Para muitos consumidores, o mercado cativo ainda é a opção mais estável e segura. Portanto, a avaliação do custo-benefício deve ser feita por cada consumidor.

Sim, é possível, mas existem regras específicas que devem ser observadas:

• O consumidor deve permanecer no Mercado Livre por um período mínimo, geralmente de 5 anos, salvo exceções regulatórias;
• O retorno depende de solicitação formal, cumprimento dos prazos e da disponibilidade contratual da distribuidora;
• O processo segue regras da ANEEL e da CCEE, podendo impactar custos e planejamento.

Todas essas regras devem ser muito bem avaliadas na etapa de planejamento, por parte do consumidor antes da migração, para evitar possíveis transtornos, tendo em vista que o processo de retorno ao mercado cativo pode ser demorado.

1 de 1